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ARTIGOS

WISTON CHAVES – Holding: para conservar e sustentar

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Eu sou um advogado especialista em Holding. Estudei para isso. Trabalhei para isso. Porém, percebo que muitas pessoas, principalmente os clientes em potencial, não têm sequer noção do que é e para que serve.

Talvez por não existir um termo originalmente em nossa língua, alguns possam recorrer ao dicionário e obter os seguintes significados para a palavra: sustentar, manter, conservar e possuir. Porém, os resultados e um conjunto de novas palavras que não exprimem a real finalidade e complexidade deste modelo de empresa.

Seguindo as minhas reflexões, pode parecer loucura, mas cheguei à conclusão de que: o que elas não definem de forma isolada, podem nos ajudar a caminhar em busca de um conceito claro quando unidas.

Então, vejamos que uma Holding é uma empresa criada para administrar, controlar e adquirir outra ou várias empresas. Sendo assim, a formação dela passa pela compra da maior parte das ações ou não de um empreendimento, com fim de ter somente participação ou de ter o controle a depender do projeto, mas o fato é que dará à organização um voto de peso nos processos decisórios daquele negócio.

Outro ponto importante a ser dito é que ela pode incluir no seu portfólio empresas de vários segmentos e tipos jurídicos. Desta forma, se torna muito conveniente quando a questão é administrar negócios de família, uma vez que goza de várias facilidades no processo de gestão, bem como benefícios fiscais. E, vamos ser honestos, ninguém quer pagar mais imposto do que é estritamente necessário, não é mesmo?

Contudo, é preciso deixar claro que a perspectiva de benefício pode se tornar uma dor de cabeça quando o empresário não toma os devidos cuidados, porque a constituição de uma Holding não é simples e tem muita gente mal assessorada que está tendo problemas com o tão temido Fisco.

Recentemente, tive a oportunidade de fazer uma  MBA – Master of Business Administration – sobre Holding e o foco dela era não expor o cliente ao fisco. Mesmo tendo os conhecimentos vindos do Direito Empresarial sobre o assunto, achei por bem investir nesta capacitação para ter uma nova perspectiva sobre o tema, a dos auditores fiscais, tendo em vista que todos os meus professores eram desta área.Na pós-graduação, confirmei que o empresário precisa se cercar de profissionais de Contabilidade e Direito com conhecimento no assunto, (lei das S/A 6.404/1976). Isso porque, ao decidir por fazer a estruturação, temos que analisar todo o contexto societário, fiscal, contábil e de recursos humanos da empresa.

Um trabalho complexo e que não acontece do dia para noite, ou seja, é preciso ter paciência, pois os profissionais que vão criar a instituição precisam atuar com segurança na fase inicial do novo projeto.

Ao contrário do que vejo muito no mercado, criar Holding não é só elaborar um contrato social com CNAE de holding e pronto, “toma que o filho é teu”. O empresário que decide fazer tal estruturação está em busca de eficiência e economia. Um resultado conquistado apenas com profissionais qualificados que possam lhe auxiliar na tomada de decisão antes e depois.

A minha intenção aqui é me colocar aberto ao debate sobre o assunto e convidar, quem puder, a participar de uma palestra que darei a empresários e produtores rurais na Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis. Ela será gratuita e acontece no dia 14 de junho.Também, me comprometo a escrever mais sobre o assunto, trazendo novas perspectivas e nuances sobre a questão. Afinal de contas, conhecimento é algo que quando compartilhado, se multiplica.Wiston C. G. Chaves é advogado especialista em Direito Tributário, OAB-MT 22.656/O, e sócio da Wiston Chaves Sociedade Indiv. de Advocacia, OAB-MT 1404.

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MÁRCIO FRANCO DOS SANTOS – A importância do metaverso na educação

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Desde a popularização da Internet na década de 1990, o ciberespaço proporciona graus de transformação digital em diferentes segmentos da sociedade. Na área da educação, o fenômeno não aconteceu de forma diferente e presenciamos a adoção de ferramentas autoinstrucionais em Educação a Distância e Aprendizagem On-line, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e, mais recentemente, impulsionados pela necessidade da pandemia, vimos as plataformas Zoom, Meet e Teams sempre presentes em nossas telas, proporcionando boas experiências de aprendizagem, em tempo real. Foram e são tecnologias capazes de ampliar o ensino e aprendizagem para “além dos muros” das escolas e universidades. E, a próxima fronteira tecnológica que a Educação está prestes a atravessar é o Metaverso. 

O termo METAVERSO traz uma combinação do prefixo “meta”, o mesmo que transcender, com a palavra “universo”. O objetivo dessa junção é descrever um ambiente sintético, hipotético, mas ligado ao mundo físico. A palavra apareceu pela primeira vez em 1992, numa ficção chamada Snow Crash, escrita por Neal Stephenson, que definia Metaverso como um ambiente virtual, massivamente paralelo ao mundo físico, no qual os usuários interagiam, por meio de avatares digitais, presentes em um espaço coletivo na virtualidade, numa espécie de mundo espelhado ao real. 

Em termos mais atuais, Metaverso é caracterizado pela transformação digital em diversos aspectos de nossas vidas físicas. Na sua ideia central está uma Internet imersiva, unificada e persistentemente compartilhada por todas as pessoas que, no caso da Educação, são as relações tidas entre professores-alunos, alunos-alunos e destes com as suas escolas ou universidades. 

A maioria das práticas de ensino dos educadores utiliza artefatos e didáticas que acionam as possibilidades do ser humano por meio dos sentidos humanos, que são os qualificadores da subjetividade, são eles: visão, audição, tato, paladar e olfato. Esses sentidos são os elos entre o corpo e o mundo, e reúnem todas as experiências percebidas do ambiente para tornar o indivíduo reativo aos fenômenos que o circunscreve, tais como: prazer e repugnância, beleza e feiura, numa espécie de teia de sensações presentes no cotidiano das organizações educacionais. 

Na presencialidade, física do mundo real, professores e alunos expressam essas reações em suas práticas sociais, a relação ensino-aprendizagem. Se essas práticas já estavam situadas nos estágios iniciais da Educação a Distância e foram aprimoradas com o passar dos anos, se elas foram responsáveis pela formação de competências digitais em professores e alunos, assim também ocorrerá com a incorporação das tecnologias demandadas pelo Metaverso. Com o barateamento da tecnologia e ampliação de sinais de internet para todos os cantos deste país, o Metaverso será capaz de reduzir distorções entre as regiões e ampliar o potencial da aprendizagem. Todas as potencialidades do Metaverso são muito viáveis e factíveis. Mas claro, há de se ter muito cuidado na capacitação de todos os envolvidos pela complexidade das novas tecnologias existentes.  

É muito importante que o Metaverso seja visto por essa lente de otimismo. Afinal, se a imersão tem sido capaz de avançar com diagnósticos de saúde, melhorar as relações humanas, por que não será capaz de revolucionar a Educação em nosso país? Esse caminho será possível se utilizarmos as ferramentas do próprio Metaverso para capacitar aqueles que cuidarão das capacitações seguintes. É preciso formar replicadores desse “novo mundo” e o caminho passa primeiro pela capacitação daqueles que mediam a relação de ensino e aprendizagem: os professores. Se conseguirmos reunir os educadores, profissionais de Tecnologia de Informação para a formatação do nosso Metaverso, atravessaremos essa fronteira com êxito e teremos resultados muito positivos no futuro da Educação brasileira, por meio do Metaverso. 

Márcio Cesar Franco Santos – Doutor e docente da Estácio 

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